“Coincidências estranhamente familiares”

Debate no Centro de Estudos Mineiros da UFMG  – 12/06/2015

O Centro de Estudos Mineiros da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) promoveu, no dia 12 de junho de 2015, uma sessão especial do filme ELENA. Após a exibição, teve início um debate com participação da diretora Petra Costa e da professora Maria Cecília Nogueira Coelho, do Departamento de Filosofia da UFMG.

“Professora Cecília deixou arrepios ao falar das conexões de ELENA com mitos gregos e com os filmes Persona (Ingmar Bergman) e Memória de Helena (David Neves). Coincidências estranhamente familiares”, disse Petra na ocasião.

Um dos espectadores indagou sobre as relações entre realidade e ficção, e sobre como foi para ela estabelecer a separação entre a Petra diretora de cinema e a Petra personagem e irmã de Elena. Assista no vídeo acima.

“Cinema também é sonho”

Debate no Sesc Santos – 12/7/2013

Em uma parceria com o Instituto Querô , uma organização civil que tem como objetivo promover a inclusão dos jovens por meio do audiovisual, e o Sesc Santos, ELENA foi exibido na cidade de Santos, litoral de São Paulo, no dia 12 de julho de 2013. Após o filme, a diretora Petra Costa participou de uma conversa com o público, que teve mediação de Tammy Weiss, coordenadora do Querô.

Entre outros assuntos, Petra falou de uma das cenas mais marcantes no filme, a que traz mulheres na água. A diretora contou que decidiu incluir a cena depois de se lembrar de uma dica do cineasta Tião, do filme O Muro, que sugeria anotar todas as ideias que surgem ao longo do processo de elaboração de um filme.

“Quando fazemos cinema, somos muitos carregados pelo conteúdo e esquecemos que ele também é sonho, que imagens podem ‘falar’ mais que muitos diálogos”, disse Petra.

“Cura para as dores”

Cine Eldorado – Diadema (SP) – 6/7/2013

Os moradores de Diadema, na grande São Paulo, assistiram a uma exibição gratuita do filme ELENA, de Petra Costa, no Cine Eldorado. Após a sessão, aconteceu um debate sobre o longa  com a participação de Fábio Jota, representante do Cineclube Mascate, iniciativa que promove uma espécie de cinema ambulante por bairros da zona sul de São Paulo, e da produtora cultural Graça Cremon, que faz parte da equipe de comunicação de ELENA.

Os debatedores chamaram a atenção para a função social do filme – que colocou o tema suicídio em debate. Fábio Jota ressaltou que ELENA discute a condição do artista e da sua função na sociedade.

Uma espectadora do debate disse que encontrou na voz da diretora Petra Costa o refúgio paras dores apresentadas no filme. “A voz dela passa carinho e doçura. Isso foi me acalmando”, disse.

“A poesia de Elena”

Espaço Cultural B_arco (SP) – 10/7/ 2013 No dia 10 de julho de 2013,  Aleksei Abib,  mestre em literatura, autor e produtor de cinema, e Petra Costa, diretora de ELENA, participaram de um bate-papo sobre o filme no Espaço Cultural B_arco, no bairro de Pinheiros, em São Paulo. Aleksei, que foi consultor de roteiro em ELENA, pediu que Petra explicasse qual era o limite entre a Petra Costa e a personagem Petra no filme, já que a diretora é uma das protagonistas do longa ao lado da irmã e da mãe. “O recorte da personagem é tudo o que na Petra reverberava Elena. Eu olhei para mim por meio de Elena”, disse. Sobre a poesia que permeia o filme, principalmente sobre a referência à personagem Ofélia, de William Shakespeare, Petra afirmou que isso reflete a personalidade de Elena. “Elena era muito poética, principalmente nos diários que escrevia. E foi por meio deles que eu entrei em contato com ela.”

“Juventude: momento de urgências”
Debate Centro Cultural da Juventude (SP) – 11/7/2013
Parte 1

Parte 2

No dia 11 de julho, o Centro Cultural da Juventude (CCJ), na zona norte da cidade de São Paulo, recebeu uma sessão gratuita do filme ELENA, da diretora Petra Costa. 

O filme serviu de inspiração para um debate sobre condição juvenil. Para o bate-papo, além de Petra, o diretor do CCJ, Alex Piero, e o Coordenador de Juventude da Prefeitura de São Paulo, Gabriel Medina.

“A juventude é um momento de urgências, de paixões essenciais que parecem ser questões de vida ou de morte. A sensação é de se afogar no excesso de desejos e emoções”, disse Petra Costa.

Aquilo que não se liquefaz

Debate no Cinusp (SP) – 3/7/2013

No dia 2 de julho de 2013, o Departamento de Cinema, Rádio e TV da ECA (Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo) recebeu uma sessão gratuita de ELENA, seguido de debate com especialistas em cinema.

Com a presença da diretora Petra Costa, a roteirista Carô Ziskind, a pesquisadora Esther Hamburger e o professor de cinema Ismail Xavier, o debate perpassou tanto o tema do documentário – o suicídio, a carreira do ator, a perda – quanto sua forma e linguagem.

“[…] uma das coisas que me impressionou no filme é a constante liquefação de tudo, menos daquilo que, no final, é dito na voz da Petra. Elena é memória inconsolável, então é pedra. Aquilo que não se liquefaz, aquilo que não vai se dissolver”, comentou Ismail Xavier.

Juventude

Centro Ruth Cardoso – 1/7/2013

Exibição do longa ELENA seguida de bate papo com a diretora Petra Costa, mediado pelo educador do CENPEC, Wagner Santos. Participação de jovens do programa Jovens Urbanos, Alfabetização Solidária.

“O uso social da arte”

Debate no Teatro Sérgio Porto (RJ) – 25/6/2013

No dia 25 de junho, um evento no Rio de Janeiro juntou a diretora Petra Costa, a pesquisadora da Escola de Comunicação da UFRJ, Ivana Bentes, e o psicanalista, filósofo e pesquisador da FIOCRUZ, Carlos Estellita-Lins, para um debate sobre o uso social da arte. Estellita- Lins afirmou que ELENA levanta uma questão importante: a de que é preciso pensar o suicídio não apenas como um acontecimento individual, mas como uma questão que envolve saúde pública e prevenção. Ivana fez uma reflexão de que o filme pode ter um caráter terapêutico. “Assistir ao filme pode afastar a ideia do próprio suicídio”, disse.

Debate Completo

“Um filme intransferível”

Debate Itaú Cultural (SP) – 21/5/2013

Foi assim que o cineasta João Moreira Salles definiu ELENA em um debate que participou ao lado da diretora Petra Costa e da consultora criativa Daniela Capelato em São Paulo, no dia 21 de maio. Para Salles, um filme assim, com forte ligação com a história do diretor, tem um valor extraordinário. “Esses diretores não rejeitam o afeto. São filmes pessoais que humanizam o cinema”, disse. Petra destacou que ELENA não trata apenas de seus dramas, mas de questões de muitas jovens mulheres que, por vezes, não conseguem lidar com suas próprias emoções.

“Documentário da alma”

Debate Porto Alegre (POA) – 24/5/2013

Um debate em Porto Alegre reuniu a diretora Petra Costa, o diretor e roteirista Jorge Furtado e o jornalista e escritor Eduardo Bueno “Peninha”, no dia 24 de maio. No bate-papo, Furtado destacou que Petra dividiu sua dor de maneira “muito generosa” e classificou ELENA como um filme inesquecível. Já Eduardo Bueno tentou definir o longa. Chegou a conclusão de que Petra inventou um novo tipo de documentário: o documentário da alma. “É documental, verídico, autêntico, mas você filmou a alma”, disse o escritor.

“Tornar-se mulher”

Debate no MIS (SP) – 4/6/2013

O Museu da Imagem do Som, em São Paulo, recebeu um debate sobre o filme ELENA em 4 de junho de 2013. O tema debatido por Marta Kiss Perrone, diretora de arte, e Ana Rita dos Santos, psicóloga, foi o processo de se tornar mulher. Ana Rita falou sobre os dilemas das jovens mulheres e de como eles são subjetivos, individuais. A psicóloga destacou um questionamento de Elena presente no filme: ‘ficar em cima do muro ou se jogar para a morte?’. “Há um jogo nessa frase. Ficar em cima do muro pode significar a morte, o não cumprimento de um processo. E a morte, por sua vez, pode ser um luto necessário para sobreviver”, disse.


Vídeo-reportagem do evento com o filme Elena, promovido pela WIFT Brasil no MIS de São Paulo.

“Somos eternos seres desejantes”

Debate no Balaio Café, em Brasília – 16/6/2013

A antropóloga e pesquisadora da Universidade de Brasília (UnB), Érica Quinaglia, fez uma reflexão sobre a temática de ELENA em encontro com o público no Balaio Café, em Brasília, no dia 16 de junho. Para ela, no filme, a vida é tocada pela morte com autoridade. “Em ELENA, o princípio do fim aponta para o fim como princípio”, afirmou Érica. Ela também falou sobre desejos e a busca por eles. “Nossa vida faz sentido porque somos mortais. É por isso que sempre tentamos criar possibilidades (desejos) para ela”, disse.

“Atualização da memória”

Debate Belo Horizonte (MG) – 25/5/2013

Petra Costa, Pablo Lobato, do coletivo Teia, e Roberta Veiga, pesquisadora da UFMG, conversaram com o público no Oi Futuro de Belo Horizonte, em 25 de maio. Petra disse que o filme veio com um desejo de chamar a atenção para a tristeza e mostrar como ela, quando resignificada, pode se transformar em força. A diretora também comentou sobre como lidou com as lembranças da irmã. “Elena renascia a cada cena, nas imagens de arquivo que eu encontrei, mas morria novamente, logo em seguida”. Para Roberta Veiga, Petra fez um “filme processo”, um ensaio autobiográfico que se dava, principalmente, quando a câmera era ligada. “O passado retorna para o presente. E mais: vai para o futuro. Elena renasce cada vez que o filme é visto”.