Dança íntima
23 de setembro de 2012

Foi em Nova York que a cineasta buscou forças, somadas a registros familiares caseiros (como gravações em fitas, fotos e diários) e fragmentos de memórias para a composição de ELENA. No filme, Petra realiza uma tentativa de reencontro com a irmã mais velha. “Dexei o filme me guiar, sem muitas amarras, e ele me levou à interação mais direta. Ele me pediu para eu me colocar em cena. São coisas surpreendentes e que uma obra é capaz de ir te exigindo”, explica.

“Não acredito numa verdade objetiva que norteie documentários. Gosto de pensar nessas obras como ficcionais. Nessa perspectiva é que estão as liberdades narrativas e de expressão. Assim, cai um pouco menos de onipotência do que você vai transmitir, em relação à verdade. Na antropologia, lidamos com dados e retratos subjetivos e, por isso, cai a intenção da realidade objetiva “, enfatiza ainda a diretora mineira.

O filme, que contou com estudos de antropologia como um dos seus diferenciais, teve ainda Agnès Varda e Chris Marker como referências assumidas. Vida, arte e relações amorosas fazem parte das divagações e dão um toque poético ao documentário.

 

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