ELENA, um filme em primeiríssima pessoa
24 de setembro de 2012
O filme dirigido por Petra Costa, que narra a trajetória de sua irmã Elena, é uma obra transparente, aberta, assumidamente personalista. E mesmo que a história não tenha sido contada exatamente como aconteceu, a narração dos fatos refere-se diretamente à Petra. A escolha de se tornar personagem de si mesma e representar a irmã praticamente como um fantasma, desencadeia, nas histórias e nas imagens que documentaram uma infância feliz, um grande encantamento por parte dos espectadores.
ELANA não parece ser planejado com intuito de nos aguçar à identificação com seus dramas, nem em nos convencer de alguma coisa em específico ou mesmo nos colocar dentro daquele turbilhão, para que sejamos também parte da narrativa: o aparecimento de qualquer relação intrínseca dá-se naturalmente, a partir das próprias experiências de quem assiste ao filme.
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O que Petra consegue é subverter modelos, mesclar formas, aproximar-se de outras linhas narrativas