Silêncio cúmplice
5 de junho de 2013

Por Ana Cabral – 5 de junho de 2013

A dor, que a ela tornou-se insustentável, terá se multiplicado pelas almas dos que a amavam?

Talvez não.

Quem sabe, tenha se diluído entre os corações femininos que a cercavam.

Aquela dor, insustentável a uma alma só, se diluiu em duas, ou em quantas foram as almas por aquela dor atingidas.

A mesma dor que ardia o peito sem nome, encharcada de solidão, tornou-se dor de saudade, diluída em outros peitos, em muitas outras dores, com infinitos outros nomes.

Tornou-se dor compartilhada nos olhares, nos abraços e no silêncio cúmplice.

Tornou-se dor de amor, que transforma tudo, que recria, que revive, que transgride a morte e alcança o sonho que protagoniza a tela das outras vidas



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