Somos todas ELENA
6 de maio de 2013
De forma delicada e poética, ELENA aborda temas universais, como os dilemas da juventude, a falta de perspectiva profissional, o sonho de se viver da arte, a frustração e a superação da dor. Entretanto, é inegável o apelo que o primeiro longa-metragem da diretora Petra Costa alcança entre o público feminino.
Os dramas de Elena são transpostos para a tela a partir de fragmentos de seus diários, e são misturados aos pensamentos de Petra, que, por sua vez, são levados ao filme através do recurso da voz em off. Já as confissões da mãe são flagradas por uma câmera que observa de maneira discreta o desenrolar da trama, quase como mais uma convidada na sala de estar da família. A composição dessas três vozes remete, de forma sutil, aos desafios enfrentados pelas mulheres, em diferentes momentos de suas vidas.
Segundo a jornalista e escritora Eliane Brum, são muitas as “meninas que no vir-a-ser mulher afogam-se no rio de desejos e sensações, de excessos do sentir e do querer. Jovens que submergem nesse feminino perturbador sem jamais conseguir voltar à superfície”.
De alguma forma, fica a sensação de que somos todas Elena.
Filme será exibido dia 20 de novembro, no Bard College. Um debate abordará questões ligadas ao filme, entras elas, o suicídio