ELENA em passagem pela Europa
22 de abril de 2014

O filme ELENA, da diretora Petra Costa, cumpre uma longa história em festivais de cinema pelo mundo. Em 2013, ano de seu lançamento, o documentário passou por festivais na Holanda, Croácia, Suécia , FrançaPolônia, entre tantos outros.

Agora, em 2014, a trajetória pelo mundo continua. ELENA já passou por festivais na Grécia, Itália (Bolonha), Portugal (Lisboa) e, no dia 28 de abril, estará em Madrid, na Mostra Directoras Latinoamericanas. O filme de Petra Costa será o único brasileiro na competição.

ELENA estará em mostra espanhola que enaltece a contribuição das mulheres no cinema mundial

 

Abaixo, alguns momentos especiais de ELENA em 2014:

Cineteca Bologna (ITA) – 25 de março

ELENA foi exibido dentro da Mostra de Cinema Brasileiro organizada pela Cineteca Bologna – uma fundação cultural que tem como objetivo promover e proteger o patrimônio cinematográfico.

A representante de ELENA em Bolonha foi a roteirista Carô Ziskind, que foi recebida pelo diretor da Cineteca, Andrea Morini, e pela brasileira Carolina Guarienti, que trabalha com Morini. A sessão de ELENA na mostra serviu, segundo Carô, de ponto de encontro para estudantes brasileiros que vivem na cidade – Bolonha é uma das maiores cidades da Itália e abriga uma das mais antigas universidades do mundo.

A roteirista de ELENA Carô Ziskind foi convidada a debater sobre o filme com Andrea Morini, o organizador da mostra

Carô relatou que o público ficou muito tocado pelo tema do filme, principalmente aqueles que estavam longe de casa. Os organizadores da mostra justificaram a escolha de ELENA dentro de retrospectiva do cinema brasileiro pelo seu grande valor artístico e autoral.

Por ocasião da mostra, o escritor e cineasta italiano Lud Mônaco publicou em seu blog um texto sobre ELENA (leia um trecho abaixo. Para ler o artigo completo, clique aqui)

“Quem assiste a essa busca deve estar disposto a converter-se em um efêmero membro da família, pois durante 80 minutos estará indubitavelmente imerso em suas vidas e seus  aposentos, circulando em sua casa, não como um estranho, mas como um íntimo hóspede. 

Essa é a consequência de uma narrativa que nos envolve através da poética de sua tristeza e a  verdade de seus versos, que culminam num relato arriscado, alternando entre passado e presente, realidade e mente, com uma contundência que até assusta, talvez pela insustentável sutileza de seus fatos. Até que nos deparamos com a tragédia particular que levou à ruptura do tronco feminino da história, quando descobrimos à intervenção de Elena em seu destino que mais parecia uma metáfora de seu variável interior”.

FESTin – Lisboa (PT) – 5 de abril

ELENA também esteve na 5ª Edição do FESTin – Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa, que aconteceu entre os dias 2 e 9 de abril, em Lisboa, capital portuguesa.

O filme de Petra Costa foi exibido no dia 5 de abril, dentro da mostra competitiva de longas-metragens. Foram exibidos 73 filmes vindos de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e Portugal.

Além da mostra competitiva, o festival fez um painel especial de democracia com exibições de filmes e debates que lembraram os 40 anos da Revolução dos Cravos, ato que pôs fim aos 41 anos de ditadura em Portugal.

A jornalista e socióloga Li An, a mãe de Elena e Petra, que foi militante na época da ditadura brasileira, vivendo na clandestinidade com Elena no Paraná, integrou uma das mesas, no dia 4 de abril, que traçou paralelos entre Brasil e Portugal – os 40 anos da revolução portuguesa coincidem com as reflexões sobre os 50 anos do golpe militar no Brasil -, com participações de um dos capitães de abril, Otelo Saraiva de Carvalho, do cineasta brasileiro Silvio Da-Rin, do agitador social Alípio de Freitas.

Assista à íntegra do debate:

Vídeo Elena, infância e clandestinidade

O cineasta Silvio Da-rin, convidado do FESTin, aproveitou para rever ELENA e se sentiu novamente tocado pelo vídeo. Ele, que já havia visto o filme, destacou a poética do longa de Petra Costa.

A equipe ELENA, presente no festival, aproveitou para colher as impressões de espectadores portugueses que assistiram ao filme:

“A frustração que às vezes os jovens sentem é refletida e interpretada neste filme”

“Toca nossas memórias pessoais”

“O filme é poesia em estado puro”

Assista aos demais depoimentos:



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