Para jornal Destak, ELENA é sensorial
9 de maio de 2013

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“Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”, falou ao a diretora mineira Petra Costa, para se referir a seu primeiro longa, “Elena”, que estreia amanhã nos cinemas.

Ela cita a Lei de Conservação de Massas, do cientista Lavoisier, como uma reflexão sobre seu filme, um documentário fora do convencional que, com sensibilidade, transforma a dor em arte, e a morte em poesia.

“Para mim, a dor é uma inspiração. Eu não quero colocá-la para fora”, disse, depois, a um grupo de jornalistas. “O filme é mais um exercício de escuta, de investigação das memórias e do inconsciente”, completou.

A irmã de Petra, que dá nome ao filme, morreu quando a diretora tinha sete anos. Atriz, Elena se mudou para Nova York em busca da paixão herdada de duas gerações. Mas, com 20 anos, se deparou com a realidade da concorrência americana.

“Sem a arte, eu prefiro morrer”, dizia. Ela mandava fitas cassete e vídeos para a mãe, no Brasil. Foi com inspiração nesse material, em especial um vídeo-carta da irmã, que Petra narrou o filme em primeira pessoa, com uma voz que permanece na mente em frases marcantes.

O filme mistura nostálgicas imagens de VHS e película ao digital, e transpira melancolia ao acompanhar as angústias de Elena pelos olhos de Petra. A menina também foi contaminada por tais sentimentos, assim como sua mãe, que também estrela o filme.

Elena é o foco, mas o longa fala sobre três mulheres que não tiveram endereço fixo durante a infância, e, em épocas diferentes, compartilharam a paixão pelo cinema e a vontade de morrer.

“É bonito ver como as pessoas saem do filme (P.S.: já exibido em festivais) lembrando de suas próprias histórias e perdas, inspiradas a fazer algo artístico.”

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