Suicídio e depressão não podem ser assuntos tabus, dizem especialistas
26 de junho de 2013
Debater sobre o suicídio. Falar de morte, inclusive para as crianças. Apoiar pessoas com depressão. Esses temas são questão urgentes em nossa sociedade, de acordo com a pesquisadora da Escola de Comunicação da UFRJ, Ivana Bentes, e o psicanalista, filósofo e pesquisador da FIOCRUZ, Carlos Estellita-Lins. Eles participaram, ao lado da diretora Petra Costa, de um debate sobre o filme ELENA na noite desta terça-feira, 25 de junho, no Rio de Janeiro.
O encontro aconteceu no Teatro Sérgio Porto, logo após a exibição do longa. A plateia, interessada e participativa, acompanhou o papo sobre o uso social da arte.
Ivana Bentes falou sobre a importância de ELENA colocar em pauta assuntos como a depressão e o suicídio. Ela defendeu a criação de grupos – e no Brasil são raras as ações nesse sentido – para debater essas questões.
O psicanalista Carlos Estellita-Lins, afirmou que, quando alguém comete suicídio, outras oito pessoas são atingidas pelo ato. Estellita-Lins disse ainda que, ao contrário do que se pensa, evitar o tema, principalmente na mídia, não ajuda em nada na prevenção de novos casos.
Os especialistas afirmaram ainda que é preciso aproveitar o momento que o Brasil vive, de protestos e questionamentos – na mesma hora do evento, moradores das comunidades da Rocinha e Vidigal faziam um protesto na Avenida Niemeyer, região nobre da cidade – para propor que assuntos relacionados à saúde mental também sejam discutidos e levados para as ruas. Falar de suicídio, depressão e morte não pode ser tabu.
Em breve, disponibilizaremos o vídeo completo do debate.
Elena é tomada por esse indizível, inassimilável pelo significante, e desemboca no pior. Já Petra, faz do indizível, um mistério.